terça-feira, 9 de agosto de 2016

Leishmaniose em cães e gatos



A Leishmaniose é uma zoonose em pauta de discussão entre os brasileiros há algum tempo, principalmente no quesito da ação governamental, que recomenda a eutanásia de cães infectados. Mesmo sendo uma doença altamente letal para nossos amigos de quatro patas, existem medidas de prevenção, inclusive imunização para os cães através da vacinação. Na rotina da clínica médica veterinária temos observado que algumas pessoas ainda desconhecem a importância da Leishmaniose para a saúde pública, por isso resolvemos criar esse artigo informativo na tentativa de sanar algumas dúvidas e ainda aumentar a corrente de pessoas preocupadas com a doença transformando o tutor de pets em um ser pró ativo no combate das Leishmanioses.

Afinal, o que é Leishmaniose?
Leishmaniose é uma doença infecciosa de alta letalidade que constitui um grave problema de saúde pública mundial. Ela acomete cães, gatos, seres humanos e outros animais.

Quem é o agente causador?
E como a doença se manifesta?
Os agente etiológico dessa doença é Leishmania spp, um protozoário que parasita células do sistema imune. As apresentações da doença ocorrem de três formas distintas: visceral, cutânea e mucocutânea. A forma visceral, conhecida popularmente como calazar é a manifestação mais severa da doença, o parasita migra para órgãos como fígado, baço e medula óssea e a ausência de tratamento leva a morte do hospedeiro. A forma cutânea se manifesta em feridas irritantes que evoluem para crostas e mudança da coloração da pele para tons mais escuros (hiperpigmentação), sendo a forma mucocutânea caracterizada por lesões maiores e mais profundas que se estendem para a mucosa de boca, nariz e genitais. 


Leishmaniose cutânea canina.

Como ocorre a transmissão das Leishmanioses?
A transmissão ocorre pela picada dos vetores infectados com a Leishmania spp., insetos Flebotomíneos Lutzomia longipalpis e Lutzomia cruzi conhecidos como mosquito palha. São pequenos e facilmente reconhecíveis pelo seu comportamento, ao voar em pequenos saltos e posar com as asas entreabertas. Os flebotomíneos apresentam hábitos crepusculares e noturnos, embora algumas espécies possam se mostrar ativas mesmo durante o dia. Quando não se encontram em atividade, refugiam-se em locais escuros, úmidos e abrigados, como fendas de rochas, paredes ou troncos de árvores, canis, galinheiros, dentro das casas, raízes de árvores, toca de animais. Os insetos adultos, tanto fêmea quanto o macho, alimentam-se de seivas vegetais. A hematofagia (alimentação de sangue) é uma característica exclusiva das fêmeas, e são realizadas durante o seu período reprodutivo.

 Resultado de imagem para mosquito lutzomya

Como é realizado o diagnóstico?
Para o diagnóstico da doença, existem técnicas parasitológicas que permitem detectar o parasita e as sorológicas que permitem detectar uma resposta imunológica do cão e do gato ao parasita.

Existe tratamento?
Sim, porém não há cura completa.

Quais as medidas preventivas?
·         Existem produtos disponíveis para prevenção da picada do mosquito como coleiras, sprays e spot on. Para eliminar o mosquito, uma das maneiras é extinguir sua fonte de alimentação realizando a limpeza diária de quintais retirando fezes, frutos em decomposição e restos de folhas. Mantenha o cão e o gato abrigados desde o entardecer até o amanhecer.  Use inseticidas e repelentes. Instale telas com malha fina nas portas e janelas evitando a entrada do Flebotomíneo dentro de casa.

Se o seu animal não recebe qualquer tipo de proteção, o risco de infecção é bastante alto, principalmente em áreas endêmicas. Para os cães, já existe a imunização através da vacinação. Agende uma consulta e converse com um de nossos médicos veterinários sobre as Leishmanioses.


Autoras:
Dra C. Marques Ferreira e Dra Andrea Rosa
Médicas Veterinárias

Clínica Veterinária Vet Vida
www.clinicavetvida.com.br


www.clinicavetvida.com.br

5 comentários:

  1. Obrigada pelo esclarecimento. Agora so proteger meu amigo. Abraços

    ResponderExcluir
  2. Obrigada pelo esclarecimento. Agora so proteger meu amigo. Abraços

    ResponderExcluir
  3. Um dos poucos artigos que sanaram minhas dúvidas de forma simples e direta alem de me alertar sobre varias outrás coisas que eu realmente nao sabia. OBRIGADA e parabéns

    ResponderExcluir
  4. Um dos poucos artigos que sanaram minhas dúvidas de forma simples e direta alem de me alertar sobre varias outrás coisas que eu realmente nao sabia. OBRIGADA e parabéns

    ResponderExcluir
  5. Ficamos felizes em saber disso Sra Claudia. Continuaremos com nosso objetivo de torná-los (tutores) cada dia mais informados.
    Um forte abraço da Equipe Vet Vida

    ResponderExcluir