A Leishmaniose é uma zoonose em pauta de discussão entre os brasileiros há algum tempo, principalmente no quesito da ação governamental, que recomenda a eutanásia de cães infectados. Mesmo sendo uma doença altamente letal para nossos amigos de quatro patas, existem medidas de prevenção, inclusive imunização para os cães através da vacinação. Na rotina da clínica médica veterinária temos observado que algumas pessoas ainda desconhecem a importância da Leishmaniose para a saúde pública, por isso resolvemos criar esse artigo informativo na tentativa de sanar algumas dúvidas e ainda aumentar a corrente de pessoas preocupadas com a doença transformando o tutor de pets em um ser pró ativo no combate das Leishmanioses.
Afinal, o que é Leishmaniose?
Leishmaniose é uma doença infecciosa de alta
letalidade que constitui um grave problema de saúde pública mundial. Ela
acomete cães, gatos, seres humanos e outros animais.
Quem é o agente causador?
E como a doença se manifesta?
E como a doença se manifesta?
Os agente etiológico dessa doença é Leishmania spp, um protozoário que
parasita células do sistema imune. As apresentações da doença ocorrem de três
formas distintas: visceral, cutânea e mucocutânea. A forma visceral, conhecida
popularmente como calazar é a manifestação mais severa da doença, o parasita
migra para órgãos como fígado, baço e medula óssea e a ausência de tratamento
leva a morte do hospedeiro. A forma cutânea se manifesta em feridas irritantes que
evoluem para crostas e mudança da coloração da pele para tons mais escuros (hiperpigmentação),
sendo a forma mucocutânea caracterizada por lesões maiores e mais profundas que
se estendem para a mucosa de boca, nariz e genitais.
Leishmaniose cutânea canina.
Leishmaniose cutânea canina.
Como ocorre a transmissão das Leishmanioses?
A transmissão ocorre pela
picada dos vetores infectados com a Leishmania
spp., insetos Flebotomíneos Lutzomia
longipalpis e Lutzomia cruzi
conhecidos como mosquito palha. São pequenos e facilmente reconhecíveis pelo
seu comportamento, ao voar em pequenos saltos e posar com as asas entreabertas.
Os flebotomíneos apresentam hábitos crepusculares e noturnos, embora algumas
espécies possam se mostrar ativas mesmo durante o dia. Quando não se encontram
em atividade, refugiam-se em locais escuros, úmidos e abrigados, como fendas de
rochas, paredes ou troncos de árvores, canis, galinheiros, dentro das casas,
raízes de árvores, toca de animais. Os insetos adultos, tanto fêmea quanto o
macho, alimentam-se de seivas vegetais. A hematofagia (alimentação de sangue) é
uma característica exclusiva das fêmeas, e são realizadas durante o seu período
reprodutivo.
Como é realizado o diagnóstico?
Para o diagnóstico da doença, existem
técnicas parasitológicas que permitem detectar o parasita e as sorológicas que
permitem detectar uma resposta imunológica do cão e do gato ao parasita.
Existe tratamento?
Sim, porém não há cura completa.
Quais as medidas preventivas?
·
Existem produtos disponíveis para prevenção
da picada do mosquito como coleiras, sprays e spot on. Para eliminar o mosquito, uma das maneiras é
extinguir sua fonte de alimentação realizando a limpeza diária de quintais
retirando fezes, frutos em decomposição e restos de folhas. Mantenha o cão e o gato abrigados desde o entardecer
até o amanhecer. Use inseticidas e repelentes. Instale telas com malha fina nas portas e janelas evitando a entrada do Flebotomíneo dentro de casa.
Se o seu animal não recebe qualquer tipo de
proteção, o risco de infecção é bastante alto, principalmente em áreas
endêmicas. Para os cães, já existe a imunização através da vacinação. Agende uma
consulta e converse com um de nossos médicos veterinários sobre as Leishmanioses.
Autoras:
Dra C. Marques Ferreira e Dra Andrea Rosa
Médicas Veterinárias
Clínica Veterinária Vet Vida
www.clinicavetvida.com.br
www.clinicavetvida.com.br
Dra C. Marques Ferreira e Dra Andrea Rosa
Médicas Veterinárias
Clínica Veterinária Vet Vida
www.clinicavetvida.com.br
www.clinicavetvida.com.br
Obrigada pelo esclarecimento. Agora so proteger meu amigo. Abraços
ResponderExcluirObrigada pelo esclarecimento. Agora so proteger meu amigo. Abraços
ResponderExcluirUm dos poucos artigos que sanaram minhas dúvidas de forma simples e direta alem de me alertar sobre varias outrás coisas que eu realmente nao sabia. OBRIGADA e parabéns
ResponderExcluirUm dos poucos artigos que sanaram minhas dúvidas de forma simples e direta alem de me alertar sobre varias outrás coisas que eu realmente nao sabia. OBRIGADA e parabéns
ResponderExcluirFicamos felizes em saber disso Sra Claudia. Continuaremos com nosso objetivo de torná-los (tutores) cada dia mais informados.
ResponderExcluirUm forte abraço da Equipe Vet Vida